Jovens se preparam para a Missão na Amazônia



De 30 de novembro a 15 de dezembro, 72 jovens de todo o Brasil, partirão para a primeira “Missão Jovem na Amazônia”, onde as dioceses de Borba, Parintins, Coari e Boa Vista serão o cenário do projeto que visa despertar o jovem para a vivência da vocação missionária, convivendo, conhecendo, aprendendo e trocando experiências na realidade amazônica das comunidades ribeirinhas e indígenas.

Advindos de diversas realidades, esses jovens que exercem múltiplas profissões, como, medicina, jornalismo, advocacia, administração, e até política, decidiram deixar tudo para se doarem em prol do chamado missionário ecoado pelo Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude: Ide, sem medo, para servir.

O médico capixaba, Paulo Moulin (33) vai esquecer o bisturi em Vitória, para encontrar o grande sentido de sua missão pessoal: Deus. Para ele, essa oportunidade, lhe permitirá viver a cultura do encontro, por meio dos dons e culturas dos jovens que participarão dessa experiência, mas, especialmente da comunidade local. “O que me nutre a servir é o espirito cristão, é fazer o bem, é me doar, é me dispor a acolher, o grande desafio como preparação é sair de mim mesmo, deixar de ser o centro e ser parte de uma Igreja que já é missionária em sua essência”, destaca.

Para a advogada Helene Simonetti Bullio (26), de Natal (RN), esse momento tem sido dedicado à preparação. Ela diz que para isso tem rezado e participado das vídeo-aulas, depoimentos e textos, preparados pela comissão organizadora. “A missão trará outras maneiras de demonstrar a mesma fé recebida dos Apóstolos e, individualmente, me tornar menos acomodada em meu testemunho cristão e propagação do Reino de Deus”, diz.

Jamille Cavalcante (35), de Belém (PA) é dentista e desde fevereiro está envolvida na missão. Ela juntamente com outros jovens coordena o projeto e muito mais do que expectativas ou ansiedade, que segundo Cavalcante, está a mil por hora, tem a certeza de que essa missão será uma experiência de amor. “Faço minhas as palavras do nosso papa Francisco: ‘É assim o amor, atrai-te e envia-te, toma-te e dá-te aos outros’”, conta.

O psicólogo Renato Souza, de Anápolis (GO), também está no grupo que coordena a missão. Ele acredita que essa experiência não se restringe apenas aos jovens selecionados, e sim a todos que atendem ao apelo missionário de Cristo. “Nós cremos que cada jovem em sua realidade é um missionário e não apenas na Amazônia”, defende.

Jean Ricardo (23) é um jovem ativo nas atividades pastorais em Garopaba (SC) e, além disso, atua como vereador. Mesmo com suas responsabilidades de legislador escolheu viver uma experiência auxiliará no crescimento da fé e responsabilidade social. “Já pedi licença sem remuneração na Câmara Municipal, para mim, missão é, sobretudo, abrir-se aos outros como irmãos; descobri-los e encontrá-los e se, para encontrá-los e amá-los, é preciso atravessar os mares e voar nos céus, então missão é partir até os confins do mundo”, explicou.

Sobre a Missão
A primeira Missão Jovem na Amazônia, organizada pelas Comissões Episcopais para a Juventude, Amazônia, Ação Missionária, Missão Continental e Pontifícias Obras Missionárias (POM) selecionaram jovens de todas as regiões do Brasil e diversas expressões eclesiais para participarem dessa experiência missionária,de 30 de novembro a 15 de dezembro, em comunidades ribeirinhas e indígenas da Amazônia, nas dioceses de Borba, Parintins, Coari e Boa Vista.

Inscreveram-se pelo site www.jovensconectados.org.br cerca de 2800 jovens, fato que aumentou a certeza de que a Igreja é viva e repleta de jovens que, assim como Isaías, respondem prontamente “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,9).

Comentários