Um caminho de estradas e de águas: os símbolos da JMJ na Amazônia



Desde o dia 1º de setembro os símbolos da Jornada Mundial da Juventude percorrem as Igrejas do Regional Norte 1 da CNBB (que engloba a maior parte do Amazonas e o estado de Roraima) começando pela Diocese de Roraima. Dois dias de peregrinação, oração reflexão e festa marcaram a presença dos símbolos na capital Boa Vista.

O caminho de estradas tornou-se caminho das águas quando, a partir do dia 4 de setembro, a Cruz e o Ícone seguiram para o município de Barcelos (AM) pelo Rio Negro (Diocese de São Gabriel da Cachoeira) e depois, subindo o Rio Solimões, alcançou a cidade de Tabatinga (Diocese do Alto Solimões) estendendo-se até as fronteira Brasil-Colômbia e Brasil-Peru. De lá a Cruz e o Ícone vem descendo o Solimões desde o dia 10 e nesta quinta feira , 13 de setembro, após peregrinarem pela Prelazia de Tefé, chegam à Igreja de Coari, onde em seguida,  passando por Manaus e mudam de rio para alcançar a Prelazia de Borba. Por onde passam, uma multidão de fiéis, sobretudo jovens, vem se fazendo peregrina com os símbolos.

Esta peregrinação fluvial segue o ritmo das águas do imenso Amazonas e tem sido um momento oportuno para trazer à tona os clamores que emergem da Cruz: a vida das populações nativas: indígenas e ribeirinhos; a equilibrada relação com o meio ambiente diante de interesses predatórios e o avanço de grandes projetos; o caminho do narcotráfico; a ausência do Estado entre outros. Há muito se ouvem esses clamores que mais recentemente ecoaram no Encontro dos Bispos em Santarém (Julho 2012).

Mas a passagem da Cruz com o Ícone de Nossa Senhora vão convocando e animando uma Igreja que está viva, a Igreja da Ressurreição, das comunidades eclesiais de base e das novas expressões eclesiais. Uma juventude entusiasta, de muitos rostos, de diferentes expressões, faz questão de assumir e carregar os símbolos da JMJ. Nesta peregrinação estes jovens vêm sendo convidados a assumir a Cruz do próprio chão.

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