A paixão pela Juventude Missionária no Ceará



A Juventude Missionária no Brasil tem ampliado sua atuação em dioceses e paróquias em todos os Estados. É uma Obra da Igreja que cumpre sua tarefa de evangelizar os jovens pelos jovens. Centenas de jovens dedicam horas de trabalho, tentando fomentar o ideal missionário em comunidades, as mais diversas, tanto nas capitais como em cidades do interior. São jovens abnegados que tem um ideal a cumprir e para tanto, doam suas vidas para o movimento. No Ceará , em Fortaleza, vivem dois jovens entusiastas: Sara Guerra, 24 anos, formada em Psicologia e Cleyton, com 23 anos, formado em letras. Ambos pertencem à obra, sendo Sara, coordenadora estadual da Juventude Missionária.

Estes jovens em nada se diferenciam dos outros de Fortaleza. Entretanto, os dois têm as mesmas características: uma paixão imensa pela evangelização dos jovens, através do instrumento dos grupos. Como nasceu esta paixão? Sara responde: olha, nasci praticamente dentro da igreja. Desde criança estou envolvida com a minha religião, pois meus pais são do ECC e sempre os acompanhei em reuniões e encontros. Depois, entram em cena, as irmãs salesianas que levaram a Obra da Infância Missionária para a minha paróquia. Por isso, engajei-me, desde os 8 anos, nesta atividade. Com 14 anos, fui a uma reunião continental, em Costa Rica e então decidi: não saio mais desta Obra missionária. Apaixonei-me de tal forma que dediquei muitos anos para a Infância. A 5 anos, a convite do Comire do Ceará, recebi proposta para entrar na Juventude Missionária. A Obra foi desencadeada em toda a arquidiocese e agora sou coordenadora regional da JM. São cinco anos de atividades ininterruptas”.

Cleyton também teve seus caminhos. Iniciou na Infância Missionária com 9 a 10 anos, junto com a catequese paroquial. “Depois, envolvi-me nos encontros de formação da juventude missionária. Ali encontrei Sara, e desde então, envolvi-me e formamos uma equipe que lidera os encontros de formação pelas paróquias. Sempre tivemos o apoio do bispo auxiliar de Fortaleza  e perseguimos um mesmo objetivo: ajudar outros jovens dentro do carisma missionário".

Não está sendo fácil a implantação de grupos da juventude nas dioceses do Ceará. Sara revela que a implantação de novos grupos sofre algumas dificuldades, ocasionadas principalmente pela transferência de padres ou de religiosas que apóiam a Juventude Missionária. “Inicia-se um trabalho de encontros de formação, mas é interrompido por mudanças de lideranças paroquiais. Também há uma certa dificuldade, em implantar em novas dioceses, porque cada bispo tem seu projeto pastoral e muitas vezes, a Juventude Missionária não é contemplada. O trabalho de convencimento de autoridades religiosas é lento, mas frutífero”.

Assim mesmo a Juventude Missionária está se expandindo no Ceará. Em Fortaleza  existem 15 grupos. Em todo o Estado, cerca de 40 grupos.

O trabalho pastoral da Juventude Missionária tem sua base no encontro de líderes nas dioceses para daí chegar até a paróquia. Afirma Cleyton que “nosso carisma de evangelização “ad gentes” é um trabalho de conscientização dos jovens para a missão da Igreja Universal que é a evangelização de todos os povos. Engloba a oração, a oferta missionária, através dos cofrinhos ou até o envio de missionários para as regiões de Missão. Para tanto, temos diversos símbolos missionários como o globo, as cores dos cinco continentes que são usadas em nossos encontros".

Lembra Sara, que a Igreja tem muitos documentos em favor das Missões, acentuando a sua universalidade. Os documentos de Puebla, Santo Domingo e Aparecida dão orientações seguras para todas as ações. “A Igreja está muito bem estruturada, documentalmente,  porém cremos que ela deveria ter uma estrutura para o envio de leigos  para as Missões. Se você conversar com jovens idealistas em nossas Universidades, muitos pensam e sonham em ser missionários, por uma temporada. Falta uma organização para prepará-los e para financiá-los em viagens e estadia. Muitos jovens gostariam de dedicar parte de sua juventude para uma causa maior. Existem países, como Portugal que enviam leigos para as missões. Há uma estrutura montada para dar suporte".

Cleyton diz também que o trabalho com a Juventude Missionária é difícil, mas tudo recompensa. A ajuda das dioceses e paróquias é pouca e as lideranças realizam rifas e outras atividades para arrecadar dinheiro para o financiamento de viagens e encontros.

Nosso sonho é ver implantada em cada diocese do Ceará, a Juventude Missionária. Para tanto, em combinação com a Pastoral da Juventude das dioceses, participa-se de grandes eventos como as Missões Populares, o Dia Mundial da Juventude, o Bote Fé e agora a preparação da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro” - conclui Sara.

FONTE: Informativo Parceiro das Missões - Julho 2012
Faça download do informativo completo, clicando aqui.

Comentários