ÁSIA/FILIPINAS - O novo governador da Região Autônoma Muçulmana de Mindanao foi aluno de um missionário
As
esperanças de paz e reconciliação estão crescendo no sul das Filipinas,
onde vive uma comunidade muçulmana de mais de 6 milhões de pessoas, a
maior residente na "Região Autônoma Muçulmana de Mindanao" (a maior ilha
no sul do arquipélago). O presidente das Filipinas, Benigno Aquino,
nomeou o novo governador da Região Autônoma: trata-se do muçulmano Mujiv
Hataman, que vai desempenhar a desconfortável função do discutido
Governador Datu Zaldy Ampatuan, acusado de estar envolvido no massacre
de Mauguindanao (em novembro de 2009 foram assassinadas 58 pessoas por
motivos políticos).
Pe.
D'Ambra, ao ouvir a notícia da nomeação, enviou uma carta aberta ao
governador, na qual assinala que a posição ocupada por Hataman "é desafiadora que pode facilitar o processo de paz ou fazer continuar a violência e a corrupção em Mindanao".
No texto da missiva enviada à Agência Fides, o missionário destaca que a
segurança e a paz em Mindanao não dependem apenas do deslocamento das
tropas militares: é necessário um esforço "verdadeiro", fundamento de
paz e desenvolvimento, na ótica de uma "real e genuína autonomia", que
possa fazer de Mindanao um exemplo, uma "apropriada forma de
federalismo". D'Ambra faz votos que Hataman possa ser um "modelo de
líder na linha de frente pelo bem comum", e recorde o compromisso em
"Silsilah" de promover "a cultura do diálogo, caminho para a paz,
baseada na transformação pessoal e social".
Para
superar conflitos históricos, novos preconceitos e formas de
desconfiança entre as duas comunidades de fé, Pe. D'Ambra oferece uma
sugestão ao Governador: seguir o convite das Nações Unidas, celebrando
na primeira semana de fevereiro a "Semana Mundial da Harmonia
Inter-religiosa". Este convite da ONU, recorda o missionário, foi
inspirado na Carta dos 138 líderes muçulmanos do mundo ao Papa Bento
XVI, na qual se expressava o desejo de trabalhar juntos pela paz.
FONTE: Agência Fides - 11/1/2012
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