Jovens missionários, sempre solidários. Já tenho andado
em cinco estado assessorando encontros da Juventude missionária. Pude perceber
quanta animação e vivacidade da Igreja expressada no rosto juvenil, mas ainda
percebemos algo muito próximo de nós enquanto juventude missionária que deve
ser dissipado: o reducionismo missionário.
Missões “ad intra” dentro da própria comunidade,
paróquia, diocese é sim importante, mas a juventude missionária deve estar
atenta que ela tem por carisma a missão além fronteira, o jovem missionário
deve perceber que ele é chamado a ir onde ninguém quer ir é neste quesito que a
JM vem para fazer a diferença.
Percebi em alguns lugares uma tendência muito forte em querer
simplificar, reduzir missões em apenas momentos e lugares, enquanto que a
missão deveria permear em todas as realidades das atividades pastorais da
Igreja.
Não deveríamos fazer nenhum encontro de animação
missionária na Igreja, ora, se a Igreja peregrina é por sua natureza
missionária, logo toda a atividade da Igreja deveria ser missionária, então não
precisaria de encontros para animar ou lembrar que somos todos missionários.
Ilustrando: Uma lagarta se transforma em poucos dias em
uma exuberante borboleta. Bem, enquanto é uma lagarta, o único trabalho deste
bichinho é comer, comer, e reservar, reservar… Quando já existe reserva
suficiente a lagarta pára de comer, encontra um lugar seguro, e torna-se uma
pupa. Uma pupa nunca come e raramente se move.
O mais impressionante acontece mesmo dentro do casulo
construído para proteger todo o processo de metamorfose. No interior do casulo,
grande parte do corpo da lagarta é atacado pelo mesmo tipo de suco ácido, usado
para digerir a comida ingerida na fase de lagarta, os tecidos vão sendo
destruídos de dentro para fora em um processo chamado de histólise.
Mas, nem tudo é destruído, uma parte do tecido antigo
ainda será utilizado. Algumas células antigas são do tipo indiferenciadas, isso
significa que são como as células-tronco, que podem se transformar em qualquer
tipo de célula, elas permaneceram adormecidas na fase de lagarta. São essas
células que se tornam partes importantes da futura borboleta. Para isso, passam
por um processo bioquímico chamado de histogênese, construindo
ininterruptamente um novo coração, novos músculos e sistema digestivo.
Durante esse tempo, apesar da destruição e reconstrução,
a borboleta não pode excretar nada, e assim, todos os resíduos se acumulam e só
poderá se livrar deles quando romper o casulo e deixar ali a sujeira. A saída
do casulo requer muita energia. Uma série de movimentos força a pele velha
contra a direção oposta à cabeça. Os movimentos são lentos, porém fortes e
pontuais. O tempo de transformação e emersão é bem variado em cada espécie.
Assim que a borboleta provoca as rachaduras no casulo, começam fazer
resistência por esse lado. Quando se é completamente livre, libera o mecônio
(resíduos nitrogenados já citados acima) e então expande as asas para bombear o
líquido hemolinfático para as veias da asa e então espera o endurecimento das
asas que lhes permitem voar.
Como as borboletas os grupos de juventude missionária não
devem viver para si, por conseqüência deverá levar a comunidade também a viver
esta dinâmica sair de si, o próprio Jesus em momento algum viveu para si, toda
sua vida foi voltada ao outro.
Assim queridos jovens, venho exortar que a JM tenha
sempre em seu ideal esta realidade. Jovens sejamos borboletas que saiam se
queremos viver a prática missionária que o próprio Jesus nos convocou. Caso
contrário a borboleta nunca poderá mostrar o brilho de suas asas nem contribuir
para que a natureza se torne mais dinâmica e bela.
Pe. Marcelo Gualberto
Secretário Nacional da Pont. Obra da Propagação da Fé
Artigo publicado na Revista Missões - Ed. Julho/Agosto 2011
Comentários
to te seguindo se quiser da uma olhada no blog e segue ai.
http://www.dioggo8.blogspot.com
É preciso ter coragem, é preciso ter confianã e fé. Eu tenho e quero transmiti-las aos outros jovens.