Jovens peregrinos em jornada: O Brasil vai a Madri


São jovens de todas as regiões, classes sociais e mesmo de idades variadas. A maioria nunca pisou fora do Brasil. Eles e elas estão se organizando em grupos de paróquias, pastorais e movimentos, ou se preparando para ir sozinhos, com a cara e a coragem. Estão contando os trocados, juntando cada centavo para pagar uma viagem que é cara, mas que vale muito a pena. Estão todos dando duro, fazendo sacrifícios, abrindo mão de alguma coisa para poder ir. Essa é a galera que vai representar o Brasil na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece em Madri no próximo mês de agosto.

Até agora, já estão inscritos mais de nove mil brasileiros: a maior delegação da nossa história. Desse total, 400 estão inscritos como voluntários, ou sejam, querem também ajudar trabalhando na jornada.


Assessor nacional da juventude, padre Carlos Sávio conclama todos os jovens brasileiros a participarem da JMJ.

– A Jornada Mundial da Juventude é uma grande oportunidade de perceber com maior nitidez a rica eclesialidade que temos em nossa Igreja. Um jovem que vai para uma JMJ faz a experiência da unidade na diversidade, compartilhando com os jovens do mundo inteiro experiências frutuosas a partir das Catequeses dos Bispos e do Santo Padre, além de se enriquecer com a cultura local e a oração abundante. Vale a pena responder a esta convocação da Igreja!


Grupos de todo o país

Jovens de todo o Brasil aguardam ansiosos pelo momento de participar da Jornada.  Eles buscam se aproximar de Cristo, vivenciar um momento especial da fé, trocar experiências, ver o Papa, fazer novos amigos. A forma mais fácil de ir é se integrando a um dos incontáveis grupos que estão se organizando para a peregrinação. Há grupos formados por paróquias ou dioceses, há grupos vinculados a pastorais, movimentos, congregações. Há muitas vantagens em fazer parte de um deles: a organização fica mais fácil, pois as tarefas preparatórias são divididas, e eles favorecem o espírito fraterno próprio da  JMJ.

Em Brasília, por exemplo, há vários grupos ligados a paróquias e um ligado à Comunidade Católica Shalom – que representará oficialmente a Arquidiocese. O maior desses grupos, da Paróquia São Francisco, no Plano Piloto, tem mais de cem integrantes. O Setor Juventude arquidiocesano acredita que haverá mais de quatrocentos brasilienses na Jornada de Madri.
Na Arquidiocese de Salvador, não há números oficiais, mas centenas de jovens devem participar. A pejoteira Jaqueline Daiane espera encontrar em Madri a maior manifestação de fé e unidade dos jovens católicos.

- Que este seja um momento único de fortalecimento da minha fé e amadurecimento da minha espiritualidade – afirma.

Em Manaus, a expectativa é de que participem 200 jovens. Também membro da Pastoral da Juventude, Edney Mendonça se entusiasma com a perspectiva de encontrar a juventude reunida em torno da fé cristã.

-  Ter a oportunidade de trocar experiências com jovens de outros países sobre a evangelização é um marco. Espero encontrar na JMJ muita alegria, novidade e ousadia que são marcas da juventude em qualquer época.

Ruy Lima, da RCC de Manaus, fala da fórmula de sucesso da JMJ, que quer experimentar em Madri: - O Papa + Igreja + jovens de todo canto do mundo + multiculturas = Jornada Mundial da Juventude! Estou muito feliz por esse conjunto!

Ruy e Edney fazem parte do grupo de coordenadores da delegação oficial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que é composta de aproximadamente 500 provenientes de todos os cantos do Brasil e representantes de todas as expressões eclesiais que trabalham com a juventude.

Morador de Joiville (SC), o jovem Thiago Augustini, baterista da banda Beatrix, mal aguenta a ansiedade. Ele explica porque resolveu ir a Madri: - Não tem nada mais empolgante do que ouvir as experiências de quem já participou de uma Jornada Mundial da Juventude. Posso afirmar que foi por causa do testemunho de amigos que decidi ir.

O jornalista Fabiano Fachini, catarinense que mora em Campinas – de onde partirão cem jovens – estará em Madri fazendo a cobertura do evento, mas também vivendo sua fé.

- Estar presente na JMJ é uma realização pessoal, espiritual e profissional de grande valor. Como pessoa, pela experiência de estar em contato com jovens de fé do mundo todo, compartilhando um sonho; espiritual por estar num ambiente de fé, oração e comunhão com o Santo Padre o Papa Bento XVI; profissional por realizar minha primeira cobertura jornalística fora do país – explica.

Todos esses jovens estarão em Madri em agosto, se Deus quiser, e quem sabe, vão se conhecer e conhecer outros jovens das Américas, da Europa, da África, da Ásia e da Oceania. Juntos, vivenciarão um momento intenso de unidade em Cristo, de amizade, de fé. Trarão de volta um espírito renovado, decidido a viver o Evangelho e a levá-lo ao próximo – cumprindo um mandamento de Jesus, realizando um sonho que não é só deles, mas da Igreja inteira.

FONTE: Setor Juventude - CNBB
Há muitos grupos se organizando em todo o país. Vários vão esticar um pouco a viagem, ou antes ou depois da Jornada, e vão aproveitar para conhecer outros países europeus, como França e Itália. Muitos também vão tomar parte dos Dias das Dioceses, a chamada pré-Jornada, período que antecede o evento principal e no qual os peregrinos podem conhecer como é a vivência da fé em outras dioceses espanholas.

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