Ponto de Partida
Desde o Vaticano II a Igreja insiste em viver a fé experimentando Deus nas comunidades. O Documento de Aparecida e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2008-2010 realçam isso sugerindo a atuação em pequenas comunidades (cf. DA 372, DGAE 157) destacando o valor de visitar os diversos ambientes de trabalho (DGAE 119). A missão na Universidade se pauta em grupos missionários no ambiente de trabalho e estudo.
Quem mantém as estruturas na universidade são os servidores, funcionários, professores e administradores. Se universidade é local de busca do saber, a missão propõe que ali também seja perceptível a atmosfera da sabedoria do Reino.
Caminhos Orientadores
Primeiro Momento
Promover contato com os responsáveis pela Instituição para propor a missão e conhecer o ambiente:
1. Quantidade de alunos, funcionários, departamentos, campus, salas de aulas, professores, etc.
2. Convidar possíveis interessados para um encontro, com dia e hora marcados, a fim de explicar o projeto e esclarecer dúvidas.
Segundo Momento
Qualquer ambiente universitário é local onde a Fé tem lugar, mas a ignorância ou medo nos impede de ir até ele. Nossa experiência diz que o sucesso da missão popular nesse ambiente depende da formação de “grupos missionários”, numa perspectiva comunitária, praticando o cultivo da Palavra de Deus e a humanização dos participantes.
Os grupos devem ser formados por:
1. Departamento;
2. Sala de aula ou local de trabalho.
Todos rezam e refletem os encontros com material pré-determinado. Da “base organizada” vem o envolvimento de outros níveis. A oração e formação dos grupos fomentam a catequese básica, motivam a participação comunitária, despertam novas lideranças preparando uma evangelização mais consistente, aplicada no terceiro momento. Os encontros devem ser diários e não podem durar mais de vinte minutos, do contrário, podem criar mal estar.
Por serem mal divulgados, os trabalhos na Igreja nem sempre surtem os efeitos esperados. O ditado: “propaganda é a alma do negócio”, continua valendo. A divulgação é primordial, ajuda departamentos e setores estarem alertas para esse momento tão importante.
Terceiro Momento
Concluído os encontros nos grupos, alguns missionários trabalharão uma semana na instituição realizando:
1. Bênçãos: proporciona maior encontro com os que ali atuam e estudam, fortalecendo o espírito comunitário e relações solidárias e fraternas.
2. Missas: nos departamentos e na capela precisam ser motivadoras e valorizadoras.
3. Conferências: são importantes e proveitosas, devem partir da realidade, do cotidiano. Considerando a diversidade de credos e a liberdade de expressão, buscar-se-á ser cuidadosamente ecumênica.
4. Atendimentos: são essenciais, porque os problemas giram em torno de relacionamento com o mundo profissional e afetivo.
Tal presença dos missionários fortalece, conforta e encoraja. Por isso, é imprescindível visitar departamentos, salas de aula, refeitórios, bibliotecas, etc.
Conclusão
A perseverança acontece com encontros duas vezes por semana, com material orientado e específico. Incentive para que haja abertura a novos participantes e a criação de novos grupos. Para que a missão seja permanente observa-se como primordial a presença da Igreja em palestras, pregação, bênçãos, missas, etc.
É preciso manter o vínculo para estimular e orientar a caminhada. Além de reunir todos os grupos num determinado local e data para refletirem juntos. Há necessidade de realizar encontros em épocas marcantes da Igreja, como: páscoa, mês de maio, campanha da fraternidade, etc. Com esses passos as sementes certamente irão germinando nesse tão complexo ambiente universitário.
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