Já estamos vivendo o Tempo da Quaresma, que tradicionalmente é um tempo forte de conversão.
Necessariamente, conversão não é sinônimo de mudança de religião, mas de vida. Deixar o meu modo de viver, para assumir o modo de viver de Cristo, até poder dizer como São Paulo: “para mim viver é Cristo” (Fl 1,21) ou, “vivo, mas já não sou eu quem vivo, é Cristo quem vive em mim” (Gl 2,20).
Por isso, a quaresma é também um tempo missionariamente forte: só posso anunciar Jesus aos outros se me esforço cada dia para ficar mais parecido com Ele, se me converto diariamente a Ele. João Paulo II já dizia que “o verdadeiro missionário é o santo” (RMi 90), isto é, aquele que é amigo de Jesus e se esforça para parecer-se com Ele. Como também é verdade o contrário: o cristão que não leva a sério sua fé é um anti-missionário. Já dizia uma música de Dom Carlos Alberto Navarro: “quem não te aceita, quem te rejeita, pode não crer por ver cristãos que vivem mal”.
São bilhões de pessoas os habitantes da terra que ainda nem sequer sabem quem é Jesus. Eles têm o direito de conhecê-lo, de ter a chance de se converter a Ele. E, se a cada direito corresponde um dever, somos nós que temos o dever de fazer com que Ele seja conhecido por estes bilhões de pessoas. E o primeiro passo para que isto aconteça é que nós mesmos estejamos convertidos e convencidos de que “não há outro nome pelo qual alcancemos a salvação” (At 4,12). Só o verdadeiro discípulo de Jesus Cristo poderá ser seu missionário.
Que este tempo quaresmal possa ser útil para que cada um de nós aprofunde sua conversão, sua amizade, seu assemelhar-se a Jesus Cristo, para que possamos construir uma Igreja cada vez mais missionária, com discípulos alegres por serem missionários de Jesus, aqui e além de nossas fronteiras.
Pe. Edson Assunção, Secretário Nacional da IAM
Comentários
Graça e Paz.
Tânia
Arquidiocese de Brasília
Nos leva à reflexão do que é verdadeiramente ser missionário.
Deus o abençoe.