Regional Norte 3 da CNBB realiza 1º Congresso Missionário


A cidade de Guaraí (TO) sediou, entre os dias 18 e 20 de outubro, o 1º Congresso Missionário do Regional Norte 3 da CNBB (estado do Tocantins). O evento reuniu na paróquia São Pedro, 463 pessoas representantes das 178 paróquias do mais novo Regional que é formado por cindo dioceses e uma prelazia. Participaram todos os bispos do Regional, muitos padres, religiosas e seminaristas.

O objetivo do Congresso foi formar missionários, despertar o ardor missionário e cultivar a fé que leva à missão. Os trabalhos se concentraram no tema: “Igreja: Fé e vida em Missão” e lema: “Eis-me aqui envia-me”.

Na sessão de abertura o presidente do Regional, dom Philipe Dickmans, enfatizou a importância do impulso missionário para dar ao Regional um rosto Missionário. A assessora da Comissão Episcopal para a Ação Missionária da CNBB, Irmã Dirce Gomes da Silva parabenizou o Regional pela feliz iniciativa. “Um congresso Missionário é um resposta concreta à primeira exigência das Diretrizes Gerais da CNBB, Uma Igreja em estado permanente de Missão”.

Para o aprofundamento do tema os participantes contaram com a assessoria do padre Luiz Mosconi, da Associação das Santas Missões Populares (SMP) de Belém (PA). Toda a preparação aconteceu nas comunidades, através de um texto base preparado por dom Pedro Guimarães Brito, arcebispo de Palmas (TO). A programação incluiu três encontros, orações, celebrações e cantos missionários.

Padre Mosconi iniciou perguntando: o que é Missão? Porque Missão? Em seguida, destacou a necessidade de formar discípulos, testemunhas da missão de Jesus num projeto para todo o Regional que conta com cerca de 1, 5 milhão de habitantes.

Dom Giovane P. Neto, bispo de Tocantinópolis, resumindo a fala do padre Mosconi disse que o tema manifesta o compromisso de uma Igreja que quer colocar a vida no centro de sua ação evangelizadora. “Vida para os sofridos da terra: povos indígenas, quilombolas, acampados, ribeirinhas e pobres de nossas periferias. Vida para o nosso cerrado roubado pelos reflorestamentos de eucaliptos. Vida para os nossos rios roubados pelas hidroelétricas. Vida para nossa terra”. E acrescentou, “dizemos, como Jesus, que todos tenham vida e vida em abundância”.

Para o jovem indígena, Romário Xerente, do povo akuê xerente, esse Congresso “é um momento de reflexão das nossas lutas de ver tantos missionários envolvidos com a gente nos ajudando”.


A jovem Mayra que veio da diocese de Porto Nacional, viajou 10 horas para participar.  Segundo ela, “o jovem precisa ser itinerante e ir para a ação, ser missionários, fazer mais do que falar”. Um jovem de Tocantinopolis disse que Missão é aprofundar o amor de Deus. “Quero também levar esse amor. São em torno de 400 mil os jovens no nosso Regional e precisamos ir até eles”.

O senhor Raimundinho, de 70 anos de idade, veio da prelazia de Cristalândia. “A idade não é empecilho para a missão. Vou fazer missão no Maranhão e em Marabá. Estou sempre me colocando à disposição”, afirma. Já a religiosa Amélia da Silva, de 80 anos, disse que enquanto tiver vida estará a serviço da Missão.

Dom Rodolfo Luís Weber, bispo da prelazia de Cristalândia avalia que esse congresso será um momento de revitalização para despertar a missão além fronteiras. Padre Adahilton Lima Coelho, da diocese de Miracema, missionário numa Área Missionária, destaca que o Congresso foi uma condensação do que a Conferência de Aparecida pediu.


A programação incluiu celebrações, cantos de animação, “fila do povo”, trabalhos em grupos cujos nomes foram os rios que banham o estado de Tocantins e a partilha da caminhada missionária das dioceses.

FONTE: POM - 21/10/2013

 

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