A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi iniciada na década de 80 e, de lá pra cá, os jovens que acompanham o evento ganharam experiência para lidar com os desafios de se estar em um país estrangeiro pela primeira vez. Pela orla de Copacabana foi possível conversar na tarde desta segunda-feira, 22, com vários veteranos de outras jornadas que partilharam umas dicas para a peregrinação.
Zoila fala também sobre a importância de se participar da Via Sacra. “Não percam, pois é a essência do cristão, é preciso carregar a cruz com Jesus.” Ela está na cidade com outro conterrâneo, Alan Blanco, 36, que alerta para a importância de se beber muita água e tirar muitas fotografias. “Água para a saúde, fotos para as lembranças eternas”, afirma ele, que já participou da Jornada no Canadá, em 2005 em Colônia, Alemanha, em 2008 em Sidney, Austrália, e em 2011 em Madri, Espanha.
Natural da República Dominicana, Guilherme Diaz, 39, acredita que para conciliar o turismo à intensa programação da JMJ é preciso se programar. “Já defina aonde quer ir e aproveite os intervalos na programação, pois o tempo é curto”, disse. Os três amigos são da Arquidiocese de Miami e estão no Rio de Janeiro pela primeira vez.
Clima
Em relação à adaptação ao clima diferente e às altas temperaturas, o canadense Gerry Dafour, 32, acredita que o principal é confiar em Deus e na organização do evento. “Há muitas provações e dificuldades, mas basta ter calma, rezar e seguir as instruções. Se chover, ou se fizer sol, a JMJ e seu encontro com Deus acontece do mesmo jeito,” disse ele, que acompanha um grupo de outros cinco conterrâneos na JMJ Rio2013 e participou da Jornada em Madri e Toronto.
Andar sempre em grupo para não se perder, vestido com as camisetas do evento e crachás, e aprender já no primeiro dia os pontos de referência para chegar ao seu alojamento são as principais dicas da argentina Ronima Carro, 30. “Leve sempre água consigo, e também guarda-chuvas, jaqueta e um short, pois se fizer calor, por que não ir à praia no intervalo?”, responde, animada a argentina que já participou na JMJ em Toronto.
Troca
Uma tradição da JMJ está nas trocas de bandeiras, botons e demais artigos produzidos com as cores das bandeiras de cada país, entre os peregrinos. O estudante Dárcio Montenegro, de Manaus, AM, é enfático. “É bom trazer artigos típicos, pois tudo é uma grande novidade”. Para alguns veteranos como a argentina Maria Beatriz, 31, não é preciso comprar nada para se fazer a troca, que segundo ela chega até aos artigos pessoais. “ Vale tudo, desde que se volte pra casa com muitas coisas diferentes de todos os países; nem que seja um par de meias”, disse.
Os irmãos Eduardo e Natalia Armas, de Santa Fé, Argentina, acreditam que o principal é estar com bons calçados nos pés, um chapéu para se cobrir do sol e tomar muita água nos eventos públicos. Eles alertam que, mesmo tendo direito às refeições pelo kit peregrino, é bom comprar sempre frutas e pequenos lanches para levar na mochila. “Em Madri, assim como no Rio, tudo é muito distante, então, entre uma caminhada e outra, uma pausa para o lanche vai bem”, disse ele.
Transporte
A alemã Mechthild Herternkamp, 31, está na sua quinta JMJ. Segundo ela, o peregrino não pode ter vergonha de perguntar sempre antes de pegar os meios de transporte, pois com as variadas opções, e o tempo curto, não é estratégico perder tempo pegando o transporte errado. “Gosto de participar de todas as atividades, então me disciplino pra saber exatamente a que horas devo sair e como faço para ir até lá”, afirma ela.
O professor de história Bruno Sergio Lima, 21, de Itajaí, SC, disse acreditar que o peregrino deve ter disposição para ir a todos os eventos, pois muitas atividades acontecem simultaneamente então é preciso se organizar e se preparar não só na parte física e logística, mas também espiritualmente.
“É preciso coragem para falar com o coração, pois enfrentamos a diferença de idiomas, culturas e o essencial é viver a fé que há em nós”. Segundo ele, é fundamental ainda viver o discurso de Papa Francisco, aproveitar e fazer amigos. “Hoje possuo amigos em Madri, quando participei da JMJ lá, me hospedei em casas de família, até hoje são meus pais espirituais, cuidam e zelam pelo meu bem estar. É preciso estar aberto a essa experiência”.
Fique ligado! As três dicas abaixo são unanimidade entre os veteranos da JMJ:
- Beber bastante água;
- Se alimentar sempre, não só nas refeições principais;
- Estar aberto para fazer amigos.
FONTE: JMJ Rio 2013 - 22/07/2013
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