No mês de maio
vivemos o grande ecoar da alegria ressuscitadora de Cristo, o dia das mães, que
é todo dia, mas com um carinho especial neste mês mariano colocamos cada uma
sob o olhar da virgem de Fátima, queremos lembrar também a beatificação do
saudoso papa João Paulo II, vigoroso missionário e amante da juventude, hoje
padroeiro das Jornadas Mundiais da Juventude.
Recordamos aqui suas palavras: “Os jovens estão chamados a serem os protagonistas dos novos tempos. Tenho plena confiança neles e estou certo de que têm a vontade de não defraudar nem a Deus, nem à Igreja, nem à sociedade da que provêm”.
A Igreja
sempre apostou na juventude como esse rosto que dá a jovialidade dos novos
tempos.
Dizia ainda: “Queridos
jovens: ide com confiança ao encontro com Jesus! E, como os novos santos, não
tenhais medo de falar d`Ele, pois Cristo é a resposta verdadeira a todas as
perguntas sobre o homem e o seu destino. É preciso que vocês, jovens, se
convertam em apóstolos dos seus coetâneos”.
O chamado a
santidade vem com o batismo, assim como a nossa missionariedade o jovem é
chamado a ser este que testemunha o encontro pessoal com Jesus Cristo no meio
do povo, a juventude missionária vem ser esta oportunidade de no meio e como
outros jovens serem testemunha do que vimos e ouvimos.
O
Bv. José Allamano afirma: “tendes obrigação de caminhar decidida e
constantemente para a santidade. Como sacerdotes ou aspirantes ao sacerdócio
sois chamados a ser ainda mais santos. Como missionários e missionárias vos é
proposto o ideal não só de sedes santos, mas santos em grau superlativo”.
Para ele, o missionário não teria nenhuma desculpa para não ser santo. Todos
são convidados a ser santos. Mas o missionário, a missionária deve ser de grau
superlativo, especial.
Portanto,
ser Santo continua sendo hoje um chamado aos jovens, assim como o Beato João
Paulo II convidou há tempos atrás, que os jovens missionários possam fazer a
santidade o seu ideal para testemunhar aos outros jovens o amor vivenciado e
traduzido na vida.
Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se
"lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar
na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade
inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças
socias.
Precisamos de Santos que vivam no mundo se santifiquem no mundo, que não tenham
medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans,
que sejam internautas, que escutem discman.
Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar
um refri ou comer pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de
esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres,
companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e
boas do mundo mas que não sejam mundanos".
Para refletir:
- O que é santidade para você? É só rezar e ter boa intenção?
- O seu testemunho de cristão, de jovem missionário tem feito
outros jovens a querer encontrar com Cristo ressuscitado?
- Quais as maiores dificuldades que você vê para ser um jovem
missionário em busca da santidade?
Pe. Marcelo Gualberto
Secretário Nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé
Artigo publicado na Revista Missões - Maio de 2011
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