As POM a Serviço da Animação Missionária no Brasil

Na grande oficina que se tornou a Igreja do Brasil empenhada na Missão Continental e na mobilização missionária promovida pela 5ª Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, vão se abrindo espaços para o trabalho das POM: assessoria de congressos e assembléias diocesanas, retiros...

Em Aparecida os bispos disseram: “O mundo espera de nossa Igreja latino-americana e caribenha um compromisso mais significativo com a Missão universal em todos os Continentes. Para não cairmos na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos nos formar como discípulos-missionários sem-fronteiras, dispostos a ir ‘à outra margem’, àquela onde Cristo ainda não é reconhecido como Deus e Senhor e a Igreja não está presente” (DA 376).

Neste ano não cansamos de alertar a Igreja do Brasil do perigo de cair na armadilha que ela mesma denunciou: “Nosso desejo é que a 5ª Conferência seja estímulo para que muitos discípulos de nossas Igrejas vão e evangelizem na “outra margem”. A fé fortalece-se, quando é transmitida, e é preciso que em nosso Continente entremos em nova primavera da Missão “ad gentes”.

Somos Igrejas pobres, mas “devemos dar a partir de nossa pobreza e a partir da alegria de nossa fé”, e isso sem descarregar sobre alguns poucos enviados o compromisso que é de toda a comunidade cristã. Nossa capacidade de compartilhar nossos dons espirituais, humanos e materiais com outras Igrejas confirmará a autenticidade de nossa nova abertura missionária” (DA 379).

A preocupação, legítima, para com nossas necessidades nacionais, está limitando muito a abertura proclamada e defendida nos documentos. É tarefa dos animadores e animadoras missionárias perseverar na denúncia das armadilhas que vão sugando nossas melhores energias. É tarefa dos animadores e animadoras missionárias levar toda a comunidade cristã a assumir a tarefa da evangelização do mundo, que “não é de alguns poucos enviados”.

As POM têm condições de se fazerem presentes em muitos outros lugares e momentos, e com maior freqüência. Contudo no momento a demanda deste serviço de animação missionária do clero, dos religiosos e religiosas e dos leigos e leigas engajados na pastoral da Igreja o Brasil é bastante acanhada e restrita, caindo-se no círculo vicioso já denunciado no passado: procura a animação missionária quem tem mais sensibilidade (e, portanto, menos precisa), enquanto que quem teria mais necessidade dela, não se importa em procurá-la.

Pe. Savio Corinaldesi, SX

FONTE: Informativo SIM

Comentários